terça-feira, 27 de abril de 2010

Paixão com Compaixão II

Por: Reinhard Bonnke
A Carta Régia do Evangelista

A Bíblia apresenta o Evangelho como sabedoria de Deus, a única verdade salvadora. Ninguém o poderia ter inventado, assim como ninguém inventou a água. Nenhum filósofo jamais concebeu tal esperança. Pregá-lo, libera o poder salvador de Deus. Aqueles que estão mortos nas suas transgressões e pecados, ouvem o Evangelho e são levantados para uma nova vida.

Compaixão deve ser pregada com compaixão, amor, com amor – "amor sincero," como narrado na carta dos Evangelistas, II Corintios 6. Evangelistas não foram feitos para atirar fervor artificial de dentro de suas próprias almas. De fato, eles não precisam acender o seu próprio fogo; eles acendem a sua tocha no altar de Deus: a Cruz. "..., porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado." (Romanos 5:5). Aparecendo a seus discípulos depois de Sua morte e ressurreição, Cristo lhes disse para esperarem pelo Espírito Santo. A posse do Espírito é a confirmação esperada do Evangelho. Cristianismo é o Espírito derramado para testemunhar a Cristo.

O temperamento natural está inclinado a breves impulsos, sentimentos que facilmente pegam fogo e tão rapidamente desaparecem, como a sarça em chamas no deserto, que Moisés viu tão frequentemente. Um arbusto chamou sua atenção, pois ele não se queimava apesar das chamas brilhantes. Ele tremeu de temor quando descobriu o por quê. Deus estava no arbusto. Deus dentro; este é o segredo dos evangelistas que continuam em chamas, depois de uma vida inteira proclamando as boas novas. O fogo no arbusto que saltou no coração de Moisés, é a chama Pentecostal que desce em todos os discípulos obedientes.

Jesus condenou conversão sem amor. Aos fanáticos em Jerusalém Ele disse: "percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e,...o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós."(Mateus 23:15). A história da Igreja inclui trágicos anais de paixão evangelística, sem compaixão, fanático entusiasmo religioso faltando sentimento humano e infringindo um profundo e permanente estrago nas testemunhas Cristãs. 
A Batida do Coração de Deus

A batida do coração de Deus lateja no Evangelho, para estabelecer os batimentos cardíacos, dos que estão levando o Evangelho ao mundo perdido. Se evangelismo não for uma demonstração de amor capital, então não vale nada. Deus quer que ele seja um sucesso. Evangelismo não pode ajudar a não ser trazer aos servos de Deus alguma proeminência com alguma tentação acidental; oportunidade de auto promoção, desejo por uma carreira e exibicionismo.
No entanto, Jesus não morreu para fazer a ninguém grande, o mais inevitável que isto possa ser, exceto grande em amor.

O modelo disto é o próprio Deus que "amou ao mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho Unigênito." (João 3:16). Deus tinha somente um sacrifício para fazer. Seu Filho era tudo o que Ele tinha. Jesus disse: "Sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai que está nos céus!" (Mateus 5:48). Que perfeição é esta para ser imitada? "Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem." (Salmos 103:13). Ser um verdadeiro filho de um Pai como esse, é o que faz um evangelista. Os filhos do Pai nunca deveriam olhar por ai, casualmente como meros espectadores. É especialidade de Deus tirar marcas do fogo. "Eu, eu sou o Senhor, e fora de mim não há salvador." (Isaias 43:11). Estar a Seu lado enquanto Ele trabalha é uma esplendorosa recompensa para seus trabalhadores.

Paixão com Compaixão I

Por:  Reinhrad Bonnke
Introdução

Paixão é humana, volátil, afetada pelas circunstâncias; compaixão é divina. Cristo foi uma revelação viva de interesse imutável, uma luz na escura selva de paixões selvagens.

O Evangelho é uma declaração da constante abertura do Senhor para com a raça humana. “ Por causa do grande amor de Deus nós não somos consumidos, pois a sua compaixão nunca falha.” (Lamentações 3:22). O amor do Senhor por nós não muda; ele não está sujeito à disposição de animo.

A firme atitude de Deus é o eixo ao redor do qual balança variadas respostas para pessoas diferentes. “Também aquele que é a Força de Israel não mente nem se arrepende, por quanto não é homem para que se arrependa.” (I Samuel 15:29). Em I Samuel 15:11 Deus diz que Ele estava “arrependido” por ter constituido a Saul como rei. Ele não tinha mudado de opinião, mas Saul se desviou Dele o que O encheu de profundo arrependimento. Podemos dizer que Ele simplesmente desejou que isto não tivesse acontecido.

Deus tratou com Saul da mesma forma com que trata com cada um de nós. Em outras palavras, Ele nos toma como nos acha. “Para com o benigno te mostras benigno, e para com o homem perfeito te mostras perfeito. Para com o puro te mostras puro, e para com o perverso te mostras contrário. Porque tu livras o povo aflito, mas os olhos altivos tu os abates... Quanto a Deus, o seu caminho é perfeito;” (Sl. 18:25-30).



O Sólido Fundamento

O Evangelho se apóia sobre o sólido fundamento da fiel bondade de Deus para com as pessoas inconstantes. Compaixão celestial responde a paixões terrenas. O Senhor foi tentado no Sinai; as tábuas dos Dez Mandamentos que Ele havia acabado de escrever, foram destruídas e lançadas, espalhadas a Seus pés. O povo O ofendeu profundamente, mas Ele usou aquele momento para proclamar quem Ele era: “Senhor, Senhor Deus compassivo, clemente e longânimo, grande em misericórdia e fidelidade; que usa de misericórdia em mil gerações; que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado;” (Êxodos 34:6-7).

Um Deus de graça ilimitada foi um conceito revolucionário no mundo antigo carregado de temor aos deuses traiçoeiros e cruéis. Jonas o profeta orou, “pois eu sabia que és Deus clemente e misericordioso, e tardio em irar-se, e grande em benignidade, e que te arrependes do mal.” (Jonas 4:2) Mandado a Nínive, a cidade mais depravada da terra, ele se tornou o primeiro missionário na história e o único profeta em Israel que levou uma cidade ao arrependimento. Sua profunda consciência da verdade fundamental sobre Deus como revelado no Sinai talvez explique porque o Senhor escolheu um caráter tão relutante como o seu enviado à perversa Nineve.

Mas Jonas não estava sozinho no seu entendimento da natureza de Deus; todos os profetas de Israel manifestaram uma paixão espiritual na tarefa de trazer o povo de volta pra Deus. Esta paixão resultou de um mesmo conhecimento da graciosa presteza de Deus de receber a todos os que vem a Ele. A profecia de Oséias, por exemplo, retrata o clamor do coração de Deus por uma Israel adúltera, enquanto a profecia de Miquéias termina com frases similares as do Sinai - como o explendor do sol em um céu tempestuoso.

Ele acrescenta: “Tu lançarás todos os nossos pecados nas profundezas do mar”
(Miquéias 7:19).